ASSIM ERAM AS PAQUITAS
Quando eu falo que não gosto da Xuxa, as pessoas me olham com um olhar de espanto. Mas por que você não gosta dela? Então, eu não gosto dela porque ela é racista! Ai as pessoas logo vem com o argumento que a Xuxa namorou o Pelé. Ok! Os senhores de escravos iam para a cama com as escravas, e isso não os tornava menos escravocratas. Nem tão pouco menos racistas, de qualquer modo, toda vez que eu entro nesse assunto prefiro me calar e deixar a pessoa achar que me convenceu. Mas eu nunca vou mudar de opinião com relação. Nasci em 1990, desde o meu nascimento até quando completei quinze anos, a 'Rainha dos Baixinhos' apresentou o Xou da Xuxa, Xuxa Star, Paradão da Xuxa, Programa Xuxa, Xuxa Park, Xuxa Hits, Planeta Xuxa. Não há como negar que essa tal Maria das Graças influenciou uma geração. Arrastou multidões e fez muitos baixinhos chorarem com suas canções. Não conheço ninguém que tenha nascido no fim da década de 70, década de 80 e 90 que já não tenha sonhado em conhecer a Dona Xuxa. Quem não se lembra das Paquitas? Brancas, lindas, loiras, magras e com seus olhos claros! Lembra daquela Paquita gordinha, meio desengonçada? Ah, que memoria fraca a sua! Lembra das Paquitas negras, com seus cabelos blacks? Não lembra? Então, é esse literalmente o X da questão. Nunca houve uma Paquita negra. Nunca houve uma Paquita gordinha. Nunca houve uma Paquita fora dos padrões estéticos dos descendentes de Ariel. E como eu poderia não achar que a "Rainha dos Baixinhos" é racista? O Brasil é um pais onde mais da maioria da população é negra. Estabeleceu-se um padrão onde não ser loira era inaceitável. Me recordo de quando eu era bem novinha. No fim dos anos 90, teve uma seleção para escolher as novas Paquitas. Eu perguntei a minha mãe por que entre elas não havia nenhuma igual a mim. Ainda não entendia conceitos étnicos. Eu só sabia que nunca me enquadraria no padrão necessário. Aquele foi um dia realmente traumático. Foi a primeira vez que me deparei com o peso do preconceito. Ai eu te pergunto: qual a razão de nunca ter havido uma Paquita negra? Se nós, negros, eramos também o público dela. Por que não nos incluir? Será que uma Paquita negra a teria levado a derrocada? Ter negras naquele grupo teria sujado a imagem angelical daquelas meninas? Ou será que não havia nenhuma negra a altura dela?
INFELIZMENTE O PÚBLICO QUE ENRIQUECEU A XUXA NÃO ERA SÓ DE BRANCOS CAUCASIANOS, LOIROS E COM OS OLHOS CLAROS
Veja essa matéria que saiu na Folha de S. Paulo :
"Estudante carioca tenta ser a primeira paquita negra
'Vou me sentir bem entre as loiras', diz Michele Martins
MAURICIO STYCER
DA REPORTAGEM LOCAL
A estudante Michele Martins tem a chance de, nos próximos dias, quebrar um velho tabu da televisão brasileira: ela pode ser escolhida como a primeira paquita negra do programa da apresentadora Xuxa.DA REPORTAGEM LOCAL
Até hoje Xuxa só se cercou de auxiliares tão loiras quanto ela.
Mais de 2.500 garotas se inscreveram para disputar meia dúzia de vagas. A primeira seleção deixou 120. Na segunda, sobraram 20. Na próxima semana, serão anunciadas as vencedoras.
"Vou me sentir bem entre tantas loiras", diz Michele, 16.
Ela acha que nunca houve uma paquita negra por falta de iniciativa. "Não é preconceito da Xuxa. As meninas é que nunca se candidataram", diz ela.
A onda do politicamente correto atinge "A Próxima Vítima", a novela de Silvio de Abreu que estreou na TV Globo.
Entre os protagonistas, há uma família negra de classe média, integrada pelo contador Cleber (Antonio Pitanga), sua mulher Fátima (Zezé Motta), e os filhos Sidney (Norton Nascimento), Jefferson (Lui Mendes) e Patrícia (Camila Pitanga).
Não por coincidência, o sonho da estudante Patrícia é ser modelo.(MSy)".
Eu era muito criança para me recordar do cenário social desta época, mas esta implícito que o fato de não haver Paquitas negras já estava gerando desconforto. No meio de 2.500 meninas, não havia uma negra boa o suficiente para fazer parte da equipe. Não se enganem: as meninas é que não se candidatavam, a culpa era toda delas. Tudo isso por sua "falta de iniciativa". E oque dizer do ponto de vista do Jornal Folha de S. Paulo, que chamou a inserção de negros na TV de "onda do politicamente correto"?
Pra finalizar esse post, eu quero mandar um beijo pra minha mãe, pro meu pai e um beijo especialmente pra você, Xuxa, que provou que o racismo é uma característica da sua personalidade!
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/1995/3/18/cotidiano/29.html
Se você não sabe, as paquitas nunca foram responsabilidade da Xuxa, elas eram um GRUPO INDEPENDENTE, como um anexo, "paquitas da Xuxa", era como as pessoas, o pública conhecia, mas na verdade as paquitas nunca foram da Xuxa. Foram de MARLENE MATTOS, a diretora do programa e responsável tutelar e de modo geral pelos DIREITOS AUTORIAIS do grupo. Se você NÃO SABE, as paquitas tinham CD's próprios e se apresentavam muito fora do programa. A responsabilidade não é de Xuxa, e sim de Marlene Mattos. Xuxa sempre questionou isso mas a ideia de Marlene Mattos (que eu defendo) era que as paquitas fossem "pequenas xuxas", "xuxinhas", e por essa razão, nunca houve uma paquita negra. PQ A XUXA NÃO É NEGRA !
ResponderExcluirSerá que você pensou nisso quando publicou isso ?
AGORA A APRESENTADORA É BRANCA, DAÍ VÊM UMA DIRETORA E CRIA UMA IDEIA DE FAZER "VERSÕES PEQUENAS" DESSA APRESENTADORA e ai vêm pessoas infelizes dizendo que tem que ter uma negra.
Ai vão querer DISTORCER e DESFIGURAR toda uma ideia/projeto de "pequenas xuxas" só pq as pessoas lembram que os negros passaram por tudo aquilo e devemos sempre sentir pena deles e acrescentar em alguma coisa ? como uma pessoa deficiente ?
Acho que é ai que começa a INDIFERENÇA, pq as pessoas sempre olham pra algum programa procurando se tem um negro nele como protagonista pq se não tiver é pq todo mundo tem preconceito na produção.
RESUMINDO: as pessoas TENTARAM distorcer a ideia de "pequenas xuxas" só pq acham que os negros tem que aparecer em tudo.
AH TOME PACIÊNCIA !
Eu sou negro e quero ser tratado normalmente, se eu chegar num programa e precisarem de brancos como versões mirim do apresentador eu vou entender completamente que é por que o apresentador é branco e eu sou negro.
AGORA VOU CHORAR POR ISSO ? tem outra oportunidade em outros programas com ideias novas.
OUTRA ! em 1995 a Xuxa precisava de um novo grupo de dançarinos típicos de funk melody. E ela selecionou 4 negros e formou o YOU CAN DANCE. Dançarinos do Xuxa Hits e Planeta Xuxa, ficaram com ela de 1995 até 1998.
Ela não precisava de brancos, ela precisava de pessoas que eram a cara de funk melody. PRA TUDO TEM UM PADRÃO, PRA TUDO !
Por que não poderia ter uma pequena Xuxa negra?
ExcluirAmei seu blog...como faco pra like ou acompanha seu blog?
ResponderExcluirEllie, é um grande prazer ler seu comentario. Este blog é escrito de maneira tão despretenciosa, me alegra muito que agrade aos leitores. Há no rodapé o botão seguir caso você queira acompanhar as postagens!
ResponderExcluirSensacional, Shirley! Parabens!
ResponderExcluirO PROTESTO 1955 / 2O15. 60 ANOS do Poeta CARLOS DE ASSUMPÇÃO o mestre que completa 88 anos de muitos parabéns num sábado de muita luz 23 de maio glorioso que realça valoriza nossa luta a historia sempre viva do poeta guerreiro Cassump de Ébano como disse o herói poeta angolano Agostinho Neto.
ResponderExcluirCARLOS DE ASSUMPÇÃO seu nome esta realçado entre os maiores poetas do mundo e assim no Brasil nas principais obras da cultura afro brasileiro"A Mão Afro-Brasileira" Emanoel Araújo. “Enciclopédia Brasileira da Diáspora Africana” Nei Lopes. “Enciclopédia Quem é quem na negritude brasileira” Eduardo de Oliveira.Enciclopédia“África Mãe dos Gênios Negros Afros Brasileiros” Jorge J. Oliveira entre outras obras. Os Dizeres dos grandes mestres sobre Carlos Assumpção diz Abdias do Nascimento é o meu poeta, Solano Trindade Protesto é minha alma, Geraldo Filme me arrepia, Clovis Moura a lira de nossas revoltas, Barbosa sinto cada letra, Prof. Eduardo Oliveira minha inspiração, Luís Carlos da Vilaa alma da Kizomba,Tião Carreiro uma alegria triste, Milton Santos Diz tudo, Grande Otelo é o Poema Hino Nacional da luta da Consciência e Resistencia Negra Afro-brasileira.
CARLOS DE ASSUMPÇÃO – O maior poeta da militância negra da historia do Brasil autor do poema o PROTESTO Hino Nacional da luta da Consciência eResistencia Negra Afro-brasileira. O poetaAssumpção é o maior ícone das lideranças e dos movimentos negrose afros brasileiras e uma das maiores referencias do mundo dos ativistas e humanistasem celebração completa 88 anos de vida. CARLOS DE ASSUMPÇÃO nasceu 23 de maio de 1927 em Tiete - SP. Por graças e as benções de Olorum 88 anos de vida com sua família, amigos e nós da ORGANIZAÇÃO NEGRA NACIONAL QUILOMBO O. N. N. Q. FUNDADO 20/11/1970 (E diversas entidades e admiradores parabenizam o aniversario de 88 anos do mestre poeta negro Carlos Assumpção) temos a honra orgulho e satisfação de ligar para a histórica pessoa desejando felicidades, saúde e agradecer a Carlos de Assunpção pela sua obra gigante, em especial o poema escrito em 1955 o Protesto que para muitos é o maior e o mais significante poema dos afros brasileiros o Hino Nacional dos negros. “O Protesto” é o poema mais emblemático dos Afros Brasileiros e uns das América Negra, a escravidão em sua dor e as cicatrizes contemporâneas da inconsciência pragmática da alta sociedade permanente perversa no Poema “O Protesto” foi lançado 1958, na alegria do Brasil campeão de futebol, mas havia impropriedades e povo brasileiro era mal condicionado e hoje na Copa Mundial de Futebol no Brasil 2014 o poema “O Protesto” de Carlos de Assunpção está mais vivo com o povo na revolução para (Queda da Bas. Brasil.tilha) as manifestações reivindicatórias por justiça social econômica do povo brasileiro que desperta na reflexão do vivo protesto.
O mestre Milton Santos dizia os versos do Protesto e o discurso de Martin Luther King, Jr. em Washington, D.C., a capital dos Estados Unidos da América, em 28 de Agosto de 1963, após a Marcha para Washington. «I have a Dream» (Eu tenho um sonho) foram os dois maiores clamores pela liberdade, direitos, paz e justiça dos afros americanos. São centenas de jornalistas, críticos e intelectuais do Brasil e de todo mundo que elogia a (O Protesto) (Manifestação que é negra essência poderosa na transformação dos ideais do povo) obra enaltece com eloquência o divisor de águas inquestionável do racismo e cordialidade vigente do Brasil Mas a ditadura e o monopólio da mídia e manipulação das elites que dominam o Brasil censuram o poema Protesto de Carlos de Assunpção que é nosso protesto histórico e renasce e manifesta e congregam os negros e todos os oprimidos, injustiçados desta nação que faz a Copa do Mundo gastando bilhões para uma ilusão de um mês que poderá ser triste ou alegre para o povo brasileiro este mesmo que às vezes não tem ou economiza centavos para as necessidades básicas e até para sua sobrevivência e dos seus. No Brasil.
Organização Negra Nacional Quilombo ONNQ 20/11/1970 –
quilombonnq@bol.com.br
ResponderExcluir.
Poema. Protesto de Carlos de Assunpção
Mesmo que voltem as costas
Às minhas palavras de fogo
Não pararei de gritar
Não pararei
Não pararei de gritar
Senhores
Eu fui enviado ao mundo
Para protestar
Mentiras ouropéis nada
Nada me fará calar
Senhores
Atrás do muro da noite
Sem que ninguém o perceba
Muitos dos meus ancestrais
Já mortos há muito tempo
Reúnem-se em minha casa
E nos pomos a conversar
Sobre coisas amargas
Sobre grilhões e correntes
Que no passado eram visíveis
Sobre grilhões e correntes
Que no presente são invisíveis
Invisíveis mas existentes
Nos braços no pensamento
Nos passos nos sonhos na vida
De cada um dos que vivem
Juntos comigo enjeitados da Pátria
Senhores
O sangue dos meus avós
Que corre nas minhas veias
São gritos de rebeldia
Um dia talvez alguém perguntará
Comovido ante meu sofrimento
Quem é que esta gritando
Quem é que lamenta assim
Quem é
E eu responderei
Sou eu irmão
Irmão tu me desconheces
Sou eu aquele que se tornara
Vitima dos homens
Sou eu aquele que sendo homem
Foi vendido pelos homens
Em leilões em praça pública
Que foi vendido ou trocado
Como instrumento qualquer
Sou eu aquele que plantara
Os canaviais e cafezais
E os regou com suor e sangue
Aquele que sustentou
Sobre os ombros negros e fortes
O progresso do País
O que sofrera mil torturas
O que chorara inutilmente
O que dera tudo o que tinha
E hoje em dia não tem nada
Mas hoje grito não é
Pelo que já se passou
Que se passou é passado
Meu coração já perdoou
Hoje grito meu irmão
É porque depois de tudo
A justiça não chegou
Sou eu quem grita sou eu
O enganado no passado
Preterido no presente
Sou eu quem grita sou eu
Sou eu meu irmão aquele
Que viveu na prisão
Que trabalhou na prisão
Que sofreu na prisão
Para que fosse construído
O alicerce da nação
O alicerce da nação
Tem as pedras dos meus braços
Tem a cal das minhas lágrima
Por isso a nação é triste
É muito grande mas triste
É entre tanta gente triste
Irmão sou eu o mais triste
A minha história é contada
Com tintas de amargura
Um dia sob ovações e rosas de alegria
Jogaram-me de repente
Da prisão em que me achava
Para uma prisão mais ampla
Foi um cavalo de Tróia
A liberdade que me deram
Havia serpentes futuras
Sob o manto do entusiasmo
Um dia jogaram-me de repente
Como bagaços de cana
Como palhas de café
Como coisa imprestável
Que não servia mais pra nada
Um dia jogaram-me de repente
Nas sarjetas da rua do desamparo
Sob ovações e rosas de alegria
Sempre sonhara com a liberdade
Mas a liberdade que me deram
Foi mais ilusão que liberdade
Irmão sou eu quem grita
Eu tenho fortes razões
Irmão sou eu quem grita
Tenho mais necessidade
De gritar que de respirar
Mas irmão fica sabendo
Piedade não é o que eu quero
Piedade não me interessa
Os fracos pedem piedade
Eu quero coisa melhor
Eu não quero mais viver
No porão da sociedade
Não quero ser marginal
Quero entrar em toda parte
Quero ser bem recebido
Basta de humilhações
Minh'alma já está cansada
Eu quero o sol que é de todos
Ou alcanço tudo o que eu quero
Ou gritarei a noite inteira
Como gritam os vulcões
Como gritam os vendavais
Como grita o mar
E nem a morte terá força
Para me fazer calar.
Organização Negra Nacional Quilombo ONNQ 20/11/1970 –
quilombonnq@bol.com.br
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Poema. Protesto de Carlos de Assunpção
Mesmo que voltem as costas
Às minhas palavras de fogo
Não pararei de gritar
Não pararei
Não pararei de gritar
Senhores
Eu fui enviado ao mundo
Para protestar
Mentiras ouropéis nada
Nada me fará calar
Senhores
Atrás do muro da noite
Sem que ninguém o perceba
Muitos dos meus ancestrais
Já mortos há muito tempo
Reúnem-se em minha casa
E nos pomos a conversar
Sobre coisas amargas
Sobre grilhões e correntes
Que no passado eram visíveis
Sobre grilhões e correntes
Que no presente são invisíveis
Invisíveis mas existentes
Nos braços no pensamento
Nos passos nos sonhos na vida
De cada um dos que vivem
Juntos comigo enjeitados da Pátria
Senhores
O sangue dos meus avós
Que corre nas minhas veias
São gritos de rebeldia
Um dia talvez alguém perguntará
Comovido ante meu sofrimento
Quem é que esta gritando
Quem é que lamenta assim
Quem é
E eu responderei
Sou eu irmão
Irmão tu me desconheces
Sou eu aquele que se tornara
Vitima dos homens
Sou eu aquele que sendo homem
Foi vendido pelos homens
Em leilões em praça pública
Que foi vendido ou trocado
Como instrumento qualquer
Sou eu aquele que plantara
Os canaviais e cafezais
E os regou com suor e sangue
Aquele que sustentou
Sobre os ombros negros e fortes
O progresso do País
O que sofrera mil torturas
O que chorara inutilmente
O que dera tudo o que tinha
E hoje em dia não tem nada
Mas hoje grito não é
Pelo que já se passou
Que se passou é passado
Meu coração já perdoou
Hoje grito meu irmão
É porque depois de tudo
A justiça não chegou
Sou eu quem grita sou eu
O enganado no passado
Preterido no presente
Sou eu quem grita sou eu
Sou eu meu irmão aquele
Que viveu na prisão
Que trabalhou na prisão
Que sofreu na prisão
Para que fosse construído
O alicerce da nação
O alicerce da nação
Tem as pedras dos meus braços
Tem a cal das minhas lágrima
Por isso a nação é triste
É muito grande mas triste
É entre tanta gente triste
Irmão sou eu o mais triste
A minha história é contada
Com tintas de amargura
Um dia sob ovações e rosas de alegria
Jogaram-me de repente
Da prisão em que me achava
Para uma prisão mais ampla
Foi um cavalo de Tróia
A liberdade que me deram
Havia serpentes futuras
Sob o manto do entusiasmo
Um dia jogaram-me de repente
Como bagaços de cana
Como palhas de café
Como coisa imprestável
Que não servia mais pra nada
Um dia jogaram-me de repente
Nas sarjetas da rua do desamparo
Sob ovações e rosas de alegria
Sempre sonhara com a liberdade
Mas a liberdade que me deram
Foi mais ilusão que liberdade
Irmão sou eu quem grita
Eu tenho fortes razões
Irmão sou eu quem grita
Tenho mais necessidade
De gritar que de respirar
Mas irmão fica sabendo
Piedade não é o que eu quero
Piedade não me interessa
Os fracos pedem piedade
Eu quero coisa melhor
Eu não quero mais viver
No porão da sociedade
Não quero ser marginal
Quero entrar em toda parte
Quero ser bem recebido
Basta de humilhações
Minh'alma já está cansada
Eu quero o sol que é de todos
Ou alcanço tudo o que eu quero
Ou gritarei a noite inteira
Como gritam os vulcões
Como gritam os vendavais
Como grita o mar
E nem a morte terá força
Para me fazer calar.
Organização Negra Nacional Quilombo ONNQ 20/11/1970 –
quilombonnq@bol.com.br
ResponderExcluirA Xuxa se ela fosse negra, garota de programa, modelo e artriz pornô e fizesse filme com cenas de pedofilia com uma criança de 12 anos? Imaginam a cena: Uma atriz negra pelada com uma criança pelada ensinando e praticando a arte do sexo num prostibulo. Será que a TV Manchete dos judeus Blocks e Globo dos Marinhos e outras aceitariam esta aberração, nem o Pelé (na época Pelé Tinha 39 e há Xuxa 16 anos namoraria uma negra depravada e pedófila? será que as os pais, famílias a sociedade aceitaria que seus filhos assistem a um Programa infantil como apresentadora negra com suas paquitas negras e paquitos negros cantando “Todo mundo está feliz” influenciando modos e costumes com uma Xuxa negra pecadora, devasta seria uma vergonha para o Brasil perante o mundo um absurdo. Sra. Xuxa Meneghel fosse negra, eles a receberiam, claro que não, porque a Xuxa negra com passado da Xuxa real e loira a negra estaria presa ou linchada.ONNQ .20/11/1970 QUILOMBONNQ@BOL.COM.BR
A Xuxa nunca foi dona dela mesma durante seus anos de globo. Tudo sobre ela era controlado, desde a roupa que vestia ate os amigos que andavam com ela. Ele nunca teve poder de escolher paquita alguma, amiga. Se informe antes de publicar as coisas em rede internacional, por favor.
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